Você precisa refletir. Como já
diz o ditado: “Ninguém pode agradar a Gregos e Troianos ao mesmo tempo”. Isto
quer dizer que as pessoas têm personalidades e opiniões diferentes. Assim, é
normal termos afinidades com uns e rejeições com outros. Se todos nos rejeitam,
talvez, o erro não esteja nas pessoas, mas sim em nós.
Quando não se consegue conviver
com ninguém precisamos parar, refletir e tentar observar quais as
características da nossa personalidade que faz com que todos se afastem. Há
determinadas características que normalmente afastam as pessoas, por exemplo:
ser muito exigente, ciúmes em demasia, egoísmo extremo, carência excessiva,
etc.
Quando somos muito carentes,
costumamos exigir muita atenção e achar que as pessoas que convivem conosco tem
obrigação de nos dar atenção o tempo todo, ou seja, suprir as nossas carências.
E, não é bem assim, ninguém pode ficar nos dando assistência 24 horas por dia. Todos
têm suas ocupações e compromissos. E, acaba se tornando insuportável conviver
com alguém que nunca está satisfeito, que por mais que se faça pela pessoa, ela
sempre exige mais e mais. Uma pessoa
extremamente carente por mais que receba atenção, sempre acha que não é o
suficiente.
Queremos ser atendidos e supridos
nas nossas necessidades, entretanto, esquecemos que o outro também necessita de
atenção e de carinho. Como sempre digo: - relacionamento é troca: dar e
receber. As pessoas extremamente
carentes tornam-se tão egoístas que só querem receber sem nada dar em troca. A carência em
excesso é sinal de imaturidade. Não temos o direito de querer que os outros
supram todas as nossas carências. Portanto, faça uma analise profunda e você
pode acabar descobrindo quais as características da sua personalidade que afastam
as pessoas. Tente corrigir e, com certeza, você será muito amada(o).
O coração dispara, parece que
nosso corpo está ligado a uma tomada de alta voltagem. Ficamos estáticos sem
esboçar nenhuma reação, ou tentamos fugir ou evitar enfrentar aquilo que está
nos causando o medo. É normal sentir medo? Dependendo do motivo que está
causando o medo, é normal. Nascemos trazendo na nossa bagagem uma dose de medo.
Até os animais, diante de uma ameaça, são vítimas do medo. O medo é o
instrumento de alerta que o nosso cérebro utiliza para despertar o nosso
instinto de defesa. Eis que, se não ocorresse, ficaríamos expostos a situações
das quais não teríamos a menor chance de nos defender. Por exemplo, mesmo
diante de um leão feroz e faminto caminharíamos em direção a ele sem medo algum
e, certamente, seriamos devorados. Este é o medo concreto. A ameaça é real e
exige a atuação do nosso instinto de defesa.
O medo abstrato é aquele em que
não existe uma ameaça real, palpável. A ameaça só reside no nosso psicológico.
Surge no decorrer de nossas vidas através das histórias que ouvimos, de
situações que vimos ou tememos que possa ocorrer: medo de fantasmas, de morrer,
de perder pessoas queridas, de ficar só, de perder tudo, etc.
Como enfrentar o medo
abstrato?
Este medo mora no nosso
imaginário e se alimenta da nossa insegurança. Nós o criamos, o alimentamos e,
assim, o mantemos vivo. Criamos quando ele surgiu pela primeira vez em nossa
mente e deixamos que aquele pensamento tomasse forma, se expandisse ao invés de
eliminá-lo no nascedouro. Por exemplo, surge de repente na minha mente o medo
de perder tudo. Se neste momento eu alimentar este pensamento, na minha
imaginação eu começaria a ver o seguinte: eu sendo demitida, vendendo a casa
para pagar as contas que se acumularam, não conseguindo outro emprego, sem a
ajuda de ninguém e finalmente na sarjeta. Vejam, eu criei este medo e permiti
que ele crescesse dentro de mim. Embora não seja real, eu continuo aceitando e
temendo que possa acontecer. Se quando ele surgiu eu reagisse com um pensamento
positivo do tipo: se eu perder esse emprego eu consigo outro, o pensamento
negativo não teria tomado às proporções que tomou e gerado um medo irreal que
só existe na minha mente. Assim, a melhor forma de enfrentar o medo é não
permitir que ele nasça e, se ele nascer, não o alimente. Não aceite que ele
tome conta de sua mente, penetre no seu pensamento e se estabeleça. Portanto,
de ordem de despejo para esse medo que você criou e mora aí na sua mente e
deixe a sua vida livre desse inquilino indesejável.
Analisando
todas as etapas e barreiras que um casamento tem que superar para o: “E foram
felizes para sempre”; encontramos os motivos que se não forem avaliados e
superados poderão levar o casamento ao fracasso. Assim, vamos examinar cada um
para saber quais colaboraram para o casamento começar a fracassar:
1
- colocar toda a expectativa de ser feliz como responsabilidade do parceiro ou
parceira, ou seja:
-
o parceiro(a) tem que ser bem-humorado, prestativo, carinhoso, amante, etc.
E
quanto a nós? Dormimos em berço esplêndido esperando que o outro dê sem nada
receber em troca.
Tudo
precisa ter a medida certa para não desandar, não se pode querer receber o que
não se dá ou plantar maçãs e colher uvas.
2
– querer que prevaleça sempre a nossa vontade e opinião:
-
seus parentes são uma maravilha, o do outro só traz problemas;
-
a sua sogra é uma Megera, mas a sua mãe é uma Santa;
-
os filhos dele(a), do outro casamento, são uma peste, mas os seus verdadeiros
anjos;
-
é pão-duro(a), não quer gastar um centavo, enquanto você só gasta em benefício
próprio e ainda acha que é pouco;
-
você não vai acompanhá-lo(a) naquele evento porque é muito chato e cansativo,
mas o outro tem que te acompanhar para aquela festa porque pega mal ir sozinho(a);
Ceder
é uma arte. Precisamos analisar os fatos e perceber quando chegou a nossa vez
de ceder. Ninguém está sempre errado ou sempre certo.
3
– acomodação, este é o motivo principal para o casamento ir para o fundo do
poço:
-
só quer ficar na frente da televisão, não me dá mais atenção. Será que você não
se isolou, ignorou a presença do parceiro(a) e este encontrou na televisão uma
companhia?
No
inicio do casamento nos arrumamos e perfumamos para esperar ou encontrar o parceiro
(a), colocamos a melhor roupa na hora de dormir, preparamos jantares
deliciosos, filmes com pipoca, saímos com parentes e amigos em comum, longas
conversas sobre diversos assuntos sentados no sofá ou deitados na cama, sexo de
três a quatro vezes por semana.
Um
belo dia, estamos muito cansadas(os) para trocar de roupa ou fazer sexo. Os
amigos de um já não são bem vistos pelo outro, e adeus amigos em comum. O almoço vira
jantar e a televisão vai tomando o lugar daquelas longas conversas.
Você se cala e aceita essa situação e o outro
também se acomoda.
4
– A falta de amor:
-
esta eu diria que é sem comentários porque quando ela ocorre o casamento
desgastou, fracassou. E, ela só ocorre porque os outros três motivos aqui
citados não foram eliminados antes do amor acabar.
Onde
está o erro, como consertar?
Relacionamento
é como panela quente fora do fogo, vai esfriando e se não estivermos atentos
para aquecer a panela antes que ela esfrie, ela esfria sem que percebamos. Isto
quer dizer que, durante o convívio, apesar de percebermos determinados erros e
desleixos, deixamos passar. Achamos que não é tão importante assim e que na
próxima iremos falar, chamar a atenção para o ocorrido, mas, mais uma vez,
deixamos passar para não criar problemas, para não se aborrecer. Até que,
perdemos o controle da situação e, como Príncipes que viraram sapos e Belas
Adormecidas que se negam a enxergar a verdade, acordamos e percebemos que é
tarde demais e o nosso casamento é um verdadeiro fracasso.
A meu ver, os dois contribuíram negativamente
para o relacionamento fracassar. Para manter a chama o fogo necessita de lenha,
ou seja, se você não colocar mais lenha o fogo apaga e a lenha vira cinzas. Será
que você retribuiu o que o outro te dava ou você estava tão preocupada(o) em
receber que esqueceu de dar. Não me leve a mal, estou apenas tentando fazer uma
analise junto com você para podermos descobrir o porquê do fracasso. Tente
lembrar se você alguma vez abriu mão de algo para satisfazer a vontade do outro?
Tente analisar e conclua se você também contribuiu para que a situação chegasse
a esse ponto.Temos que olhar os dois lados da moeda. Não pense que os outros
casais vivem em uma eterna lua-de-mel e em pleno fogo da paixão, depois de anos
de casados, porque não é assim. Há uma acomodação? Há, mas não confunda a acomodação
de estabilidade, de cumplicidade, de amor maduro com a acomodação por cansaço,
por falta de amor e medo de dar o basta. Se ainda houver amor, há esperança.
Contudo, se o amor acabou, dificilmente o casamento poderá ser salvo. Não se
pode tirar leite de pedra. O melhor, neste caso, é ter uma conversa franca e
cada um tomar o seu rumo. Agora, se ainda houver amor, não deixe que o seu casamento
fracasse. Analisem onde estão os erros, tentem corrigi-los e partam para o
grande final: “E foram felizes para sempre”.